Fraude nas compras com uso de milhagens: cuidado com suas vendas!

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A transformação digital chegou com tudo no comércio eletrônico e cada vez mais possibilidades de transações parecem surgir. E o objetivo é um só: trazer conforto e praticidade aos consumidores

Atualmente já é possível comprar pela internet os mais diversos tipos de produtos usando como forma de pagamento total ou parcial milhas de programas de fidelidade. Essa possibilidade parece ter conquistado a atenção dos vendedores. 

Toda novidade é acompanhada de novos desafios e o índice de fraude nas compras com uso de milhagens é um exemplo disso. Você pensa em aceitar esse tipo de serviço no seu e-commerce? Então, atente-se para alguns cuidados primordiais!  

O uso de milhagens no varejo

A chegada da pandemia do Coronavírus (COVID-19) modificou toda a estrutura organizacional da sociedade. Como não poderia ser diferente, o comércio foi fortemente abalado. 

Muitos dos hábitos de consumo se alteraram e algumas práticas que antes eram incomuns, passaram a ser corriqueiras. Um bom exemplo disso, são as trocas de milhas por produtos.

A troca de milhas por viagens, que antes era a prática de pelo menos 70% dos usuários, passou por uma reviravolta. O isolamento social e a queda das viagens aéreas fez com que os clientes começassem a trocar seus pontos por eletroportáteis, eletrodomésticos e móveis, por exemplo. 

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), a troca por produtos do mercado varejista alcançou quase a totalidade das transações em meados de 2020, no momento mais crítico da pandemia. 

Junto com as práticas ascendentes, surgem algumas preocupações. O índice de fraude nas compras com uso de milhagens segue em um patamar preocupante. 

Afinal, que crimes são esses? E o que os programas de fidelidade podem fazer para lidar com esse problema?

O preocupante índice de fraudes  

Por se tratar de um meio de transação muito recente, se comparado às compras com cartão de crédito, ainda existe uma falta de conhecimento a respeito dos perigos que rondam esse tipo de transação por parte dos usuários do programa. 

A Forbes destacou em sua matéria Hackers Have A New Target: Your Frequent Flyer Miles, a realidade por trás dessa crescente prática, infelizmente os cenários são assustadores! 

Existe um comércio no “mercado negro” da deep web, onde os criminosos negociam a venda de pontos das milhagens que são roubados. Os valores pela aquisição chegam a até US $1.000, a depender da pontuação. O meio de transação preferido desses criminosos é o Bitcoin, criptomoeda descentralizada, que permite transações rápidas e seguras dentro do mundo digital. 

Por ter se tornado uma “moeda de transação” para bens de consumo, este meio de pagamento se tornou foco de atenção dos criminosos, já que o usuário do programa não tem a mesma frequência de acesso à sua conta, e assim os pontos muitas vezes são esquecidos pelos seus usuários. 

Os principais programas de companhias aéreas americanas são todos vítimas desse mercado digital obscuro da deep web, exemplos são: British Airlines, Emirates Skywards, SkyMiles e Asia Miles.

A reportagem, inclusive, cita um cenário em que foi identificada a venda de 100 mil milhas de uma série de companhias pelo valor de US $884 e tudo isso era realizado por uma única pessoa!

O Brasil também integra a lista de regiões em que as fraudes cibernéticas acontecem. As principais companhias que operam no país, como Gol, Latam e Azul são frequentemente destacadas em tentativas de spam e phishing observadas. 

Se esse é um mercado ainda recente, há algo que os programas de fidelidade possam fazer para evitar eventuais tentativas de fraude nas compras com uso de milhagens? A resposta é sim! Ela pode ser encontrada na tecnologia. 

Ações preventivas? 

A primeira ação a ser tomada pelos programas de fidelidade é adotar boas práticas no uso de dados pessoais. Após isso, é indispensável que seja investido fortemente em tecnologias protetivas.

Cada negócio possui uma realidade diferente, então, não basta procurar por ferramentas que apenas oferecem suporte aos programas de milhagens. É fundamental contar com um sistema de prevenção às fraudes que seja flexível e capaz de proteger as milhagens como meio de pagamento.

As tecnologias mais eficazes dentro desse acervo de possibilidades são: 

  • Validação de e-mail: Confirmação do endereço de e-mail para autenticação da identidade; 
  • Token de validação: Utilização de ferramentas para autenticação em duas etapas; 

  • Matriz de risco: Onde é possível configurar estratégias de prevenção nas mais variadas etapas do programa de fidelidade (Onboarding, troca de senha, troca de dados e resgates).

Esses são apenas alguns dos exemplos de ferramentas que podem oferecer um alto nível de confiabilidade na manutenção das transações de e-commerces. O ideal é que todas operem de forma conjunta. 

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