2022: previsão de vendas de passagens aéreas

A pandemia impactou de forma significativa o mercado de turismo em escala global, diminuindo as vendas de passagens aéreas. Desde as reservas até a busca por destinos sofreram as consequências do isolamento e do maior controle sanitário. 

Antes do COVID-19, viagens e turismo se tornaram um dos setores mais importantes da economia mundial, respondendo por 10% do PIB global e mais de 320 milhões de empregos em todo o mundo.

Após a crise, é esperado que o turismo internacional sofra uma perda de mais de US$ 4 trilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) global nos anos de 2020 e 2021, segundo relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês).

Até agosto de 2021, apenas o turismo brasileiro já somava o prejuízo de R$ 395,6 bilhões segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A boa notícia é que o pior já passou. Com mais da metade da população vacinada, a tendência é que, aos poucos, as coisas voltem ao normal. Mas, será que a retomada já acontece este ano?

É o que descobriremos neste artigo, pois separamos dados relevantes para conseguir elaborar uma previsão de vendas de passagens áreas em 2022. Acompanhe!

Aumento no preço das passagens aéreas indica maior procura

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço das passagens aéreas teve um grande aumento nos últimos meses, acumulando uma alta de 56,8%.

E um dos motivos para essa elevação no custo da passagem é justamente a maior procura. Com as festas de final de ano e com a chegada das férias em janeiro, o número de pessoas que desejam viajar também sobe. 

E essa maior demanda não ocorreu apenas em território brasileiro, mas também nos Estados Unidos. 

Segundo Alexandre Cavalcanti, diretor de vendas da empresa American Airlines em entrevista para a Exame, “é claro que já existia alguma previsão de retomar as frequências em dezembro e março, mas há demanda reprimida e o mercado está aquecido.”

Ele acrescenta: “mesmo durante a crise, diziam que havia demanda reprimida. E pudemos comprovar isso em duas situações: primeiro, tivemos um erro de sistema que deixou a tarifa muito abaixo do normal; depois, houve má-interpretação dos clientes em relação a uma nota do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Os aumentos nas vendas foram instantâneos”, diz.

“Sabemos que a estabilização será gradativa, porque precisa incluir o nicho corporativo. É o pedaço que falta no quebra-cabeça. Mas já vemos bons sinais de retomada, principalmente pelas empresas brasileiras, que devem voltar com viagens corporativas antes das grandes globais. Então, veremos o primeiro impacto positivo em 2022, mas ainda falta a parcela mais global”, completa.

Viagens para o exterior devem ser a tendência

Mesmo com o aumento das passagens, 60% dos brasileiros se mostraram inclinados a realizar viagens para o exterior. É o que mostra um estudo da empresa de tecnologia financeira Wise. 

A pesquisa, divulgada em setembro de 2021, também apontou que, enquanto 88% afirmaram que esperavam viajar somente após o fim da crise sanitária atual, 30% já faziam planos de viagem para um período de seis meses. 

Para Peter Marks, diretor de tecnologia da Brasileiros em Ushuaia, empresa de turismo na Patagônia, em entrevista para o Terra, a expectativa de normalização é já para fevereiro de 2022. 

Isso porque, segundo ele, desde que a fronteira do país com o Brasil foi reaberta em setembro, a procura por parte dos brasileiros dobrou. “Em novembro, esse número triplicou. Assim, pelas nossas projeções, até fevereiro o mercado deve voltar ao que era antes da pandemia”.

A retomada deve ser gradativa, mas não lenta. Isso se deve, principalmente, à notícia de que a onda causada pela variante Ômicron deve acabar em fevereiro, o que deve impulsionar ainda mais as viagens.

Retomada gradativa, porém, rápida

Quando olhamos para os números de arrecadação do turismo em 2021 em comparação com 2020, o otimismo cresce.

Segundo o Conselho de Turismo da Fecomercio-SP, com base nos dados do IBGE, o turismo nacional faturou cerca de R$ 14 bilhões em novembro, o que representa um aumento de 19,3% em relação ao mesmo período de 2020.

E o destaque vai justamente para o setor de transporte aéreo, com faturamento de R$ 4 bilhões no mês; alta de 63,3% em comparação a novembro de 2020. 

No entanto, quando os números são comparados a 2019, ano pré-pandemia, o setor ainda está 19% abaixo.

Para estimular a volta mais depressa à normalidade, o setor precisa agir. Segundo a vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (Abav-BA), Maria Ângela Carvalho, a malha aérea do Brasil ainda não voltou na mesma intensidade que deveria. “Estamos numa alta temporada, com uma demanda muito alta de passageiros e uma oferta baixa de voos”, diz.

O que explica o aumento significativo nos preços das passagens aéreas. É a lei de oferta e demanda. 

As expectativas para a retomada de vendas de passagens aéreas podem até serem positivas em relação aos destinos preferidos dos brasileiros, como é o caso dos Estados Unidos. 

No entanto, em escala global, as viagens de turismo ao exterior não devem recuperar os níveis pré-pandemia antes de 2024. É o que diz a Organização Mundial do Turismo, órgão ligado à ONU. 

De acordo com o comunicado publicado, a recuperação deve ser lenta e bastante desigual nas diferentes regiões do mundo devido às taxas de vacinação, diferentes regras sanitárias e restrição e também por conta da confiança dos viajantes.

Visto que as companhias aéreas têm conseguido manter um bom faturamento enquanto o turismo ainda sofre consequências, isso mostra que as viagens corporativas devem retomar o ritmo pré-pandemia antes das excursões de lazer. 

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